Você Não É o Que Viveu: Como a Criança Interior Molda sua Identidade

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A maioria das pessoas acredita que começa a formar sua identidade com o passar do tempo, a partir de experiências, escolhas e aprendizados conscientes. Mas o que poucos percebem é que nossa identidade começa a ser moldada muito antes de sermos capazes de raciocinar, desde as nossas primeiras sensações ainda no ventre materno. Antes mesmo de entender o mundo, já o sentimos. E é a partir dessas experiências sensoriais e emocionais que começamos a construir quem acreditamos ser.

Imagine um bebê sendo tocado pela primeira vez, ouvindo a voz da mãe, sentindo a temperatura do mundo fora do útero. Nada disso passa por um processo racional. É o corpo que sente, é a emoção que registra. E, para a criança, aquilo que ela sente é verdade. Se ela sente rejeição, essa será sua verdade. Se ela sente acolhimento, segurança e afeto, essa será sua primeira definição de amor. Assim, nossa identidade começa a ser formada não pelas palavras que ouvimos ou pelo que nos explicam, mas pelas sensações que experimentamos em silêncio.

Essas memórias emocionais vão se alojando no corpo e moldando a forma como a criança começa a se ver. Ela ainda não tem pensamentos complexos, mas já tem sensações que constroem uma espécie de mapa interno sobre quem ela é, o que merece e como o mundo a trata. E tudo isso se transforma em verdade emocional, que será a base da sua identidade, mesmo que mais tarde ela venha a adquirir consciência e raciocínio.

Essa construção emocional não desaparece com o tempo. Ao contrário, ela se aprofunda. Quando a criança começa a desenvolver o raciocínio, ela não parte de um “zero emocional”. Ela começa a pensar a partir do que já sentiu. Raciocinar, nesse momento, significa reinterpretar as emoções. Os sentimentos são a emoção pensada. E aí, surge o ego, o eu racional que se forma tendo como base aquilo que já foi vivido emocionalmente.

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O toque, o afeto e as primeiras sensações que moldam o “eu”,

O Problema Está na Base Esquecida

A formação da identidade não começa na adolescência, nem na fase adulta, como muitos pensam. Ela começa com as emoções que a criança sente sem entender. O problema é que essas emoções não compreendidas, se forem dolorosas ou traumáticas, se tornam registros profundos que definem crenças como “não sou amado”, “sou um incômodo”, “ninguém me vê”. A criança interpreta o mundo com o que sente, não com lógica. E é esse sentir que vira verdade.

Tudo o que a criança sente é verdade para ela, porque ainda não tem a capacidade de questionar, analisar ou relativizar suas emoções. Se uma criança sente abandono, por mais que não tenha sido de fato abandonada, ela vai registrar aquilo como uma realidade. E esse registro vai fazer parte da base da sua personalidade. Ela pode crescer com medo de perder as pessoas, com dificuldade de confiar ou de se entregar aos relacionamentos.

E é aí que está o problema: carregamos para a vida adulta uma bagagem emocional que, muitas vezes, desconhecemos. Crescemos acreditando que somos inseguros, ansiosos, exigentes demais ou incapazes, sem perceber que tudo isso tem raízes em experiências emocionais que não foram compreendidas. Aquilo que chamamos de “personalidade” pode, na verdade, ser uma defesa emocional construída para sobreviver ao que foi sentido na infância.

Quando crescemos sem perceber esse processo, acabamos naturalizando comportamentos e sentimentos que não fazem parte da nossa essência, mas sim das nossas feridas. Repetimos padrões, sabotamos nossos próprios desejos, evitamos relações profundas — tudo para proteger uma criança que um dia sentiu dor e não soube o que fazer com ela. A identidade que nasce da dor, se não for ressignificada, se transforma em prisão.

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A solidão da infância ecoa em crenças que moldam silenciosamente quem nos tornamos.

O Caminho de Volta para Si Mesmo.

A boa notícia é que essa identidade construída com base em emoções infantis pode ser revista. O autoconhecimento é o caminho que nos permite voltar às nossas origens emocionais e entender quem realmente somos. Não somos o que sentimos quando éramos indefesos. Somos o que escolhemos fazer com esses sentimentos agora, com a consciência de adultos.

Curar a criança interior é justamente esse processo: olhar para o que foi sentido com o olhar de quem pode acolher, cuidar e ressignificar. É voltar ao momento em que se sentiu sozinho, com medo ou rejeitado e dizer a si mesmo: “Agora eu estou aqui com você”. Quando fazemos isso, algo muda. Não apenas entendemos o passado, mas transformamos o presente e abrimos novas possibilidades para o futuro.

A identidade que foi moldada pela dor pode ser transformada pelo amor. Amor esse que, muitas vezes, não foi recebido no início da vida, mas que agora pode ser oferecido por você mesmo a si próprio. Isso não é apenas possível, é necessário. Porque, enquanto a criança ferida estiver conduzindo as decisões do adulto, a vida continuará sendo vivida com medo, com culpa, com limitações que não fazem mais sentido.

Essa nova construção de identidade é mais leve, mais verdadeira e mais livre. Quando compreendemos que podemos nos reconstruir, deixamos de nos definir apenas pelas feridas e passamos a nos reconhecer pela capacidade de curar. A identidade passa a ser uma expressão da nossa verdade e não uma adaptação à dor que vivemos.

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Abraçar sua criança interior é reencontrar quem você é com amor e verdade.

Conclusão.

Nossa identidade não nasce da razão, mas da emoção. E por isso, curar a criança interior é essencial para reconstruirmos quem somos de fato. Ao revisitarmos nossas memórias emocionais e acolhê-las com consciência e amor, criamos a oportunidade de sermos mais livres, mais inteiros e mais autênticos. Não somos a dor que sentimos, mas o amor que escolhemos oferecer a nós mesmos a partir dela.

Você sente que há partes de você que ainda reagem como uma criança ferida? Que tal iniciar um processo de autoconhecimento que acolha, cure e transforme sua identidade? Acesse meu método de cura da criança interior e comece essa jornada de reconexão com quem você verdadeiramente é.

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