Desde muito cedo aprendemos a esconder o que sentimos. Criamos máscaras sociais para nos proteger da rejeição, da dor e da vergonha. Essas máscaras vão crescendo com o tempo e se tornam parte da nossa identidade, a ponto de esquecermos quem realmente somos. No fundo, o que estamos tentando esconder é a nossa criança interior — aquela parte de nós que ainda sente, sofre, precisa ser ouvida e acolhida.
A nossa criança interior carrega as marcas mais profundas da nossa história emocional. Quando essas marcas não são curadas, o ego assume o controle e cria imagens mentais de força, sucesso, independência ou até frieza, tudo para mascarar a vulnerabilidade que um dia nos feriu. Por isso, muitas pessoas sentem um vazio mesmo tendo “tudo” na vida — porque não estão em contato com sua essência, com quem realmente são.
Esse afastamento da nossa verdade interior dificulta o autoconhecimento, as relações afetivas e até a realização pessoal. Ficamos aprisionados em padrões repetitivos, sabotagens inconscientes e histórias que não refletem a nossa verdadeira alma. O ego, ao tentar nos proteger, acaba nos afastando de nós mesmos. E só o reencontro com a criança interior pode restaurar essa ponte quebrada.

Desde a infância, aprendemos a esconder o nosso verdadeiro eu.
O ego e suas máscaras — como nos afastamos da nossa essência.
O ego, como mecanismo de defesa psíquico, assume a tarefa de nos proteger da dor emocional que experimentamos na infância. Sempre que sofremos rejeição, crítica, abandono ou desvalorização, o ego registra essa experiência como ameaça e, a partir daí, começa a construir imagens que possam nos proteger de sentir aquilo de novo. Essas imagens se tornam identidades rígidas e nos afastam da nossa verdade.
Quantas vezes você já se pegou agindo de uma forma que não condiz com o que sente? Isso acontece porque, por trás das decisões, existe uma parte de nós que ainda está ferida e que o ego tenta esconder a todo custo. O problema é que essas imagens criadas não são apenas “máscaras sociais”, elas se tornam crenças internas e moldam a forma como vemos a vida, como nos relacionamos e como reagimos ao mundo.
Essa desconexão é dolorosa e muitas vezes imperceptível. Por fora, parecemos bem-sucedidos, espiritualmente evoluídos ou emocionalmente equilibrados. Por dentro, porém, existe um grito silencioso de uma criança que foi deixada sozinha no escuro. Essa criança sente medo, insegurança, abandono — e, enquanto não for acolhida, continuará comandando nossas escolhas, mesmo que não saibamos disso.

Quando crianças, criamos máscaras para nos adaptarmos à realidade dos adultos.
Acolher a criança ferida — um caminho de retorno à autenticidade
Para reencontrar a criança interior, é preciso primeiro criar coragem para desmontar as imagens criadas pelo ego. É como desligar o projetor de um filme que temos assistido a vida inteira, acreditando ser a nossa única realidade. E esse processo, embora desconfortável, é profundamente libertador.
O reencontro com a criança interior começa pelo acolhimento: ouvir sua dor sem julgamento, compreender as crenças que ela formou, validar seus sentimentos e, aos poucos, permitir que ela nos conte a sua história. Quando acolhemos essa criança ferida, abrimos espaço para ressignificar o passado e reconstruir a imagem que temos de nós mesmos a partir da verdade, e não mais do medo.
Esse processo exige tempo, presença e muita autocompaixão. Mas é o único caminho capaz de restaurar nossa integridade emocional. A verdadeira cura acontece quando deixamos de negar nossa dor e passamos a integrá-la com amor. E, ao fazer isso, deixamos de viver sob o controle do ego e passamos a viver a partir da essência: mais livres, mais inteiros, mais conectados.

Acolher a nossa criança interior é o caminho da cura e da transformação.
Conclusão:
A criança que um dia fomos permanece viva dentro de nós. Ela carrega nossas memórias mais profundas, nossa sensibilidade, criatividade e essência. Quando o ego assume o comando, essa criança é encoberta por imagens de força ou perfeição que nos afastam da nossa verdade. Mas a cura emocional só acontece quando temos coragem de tirar as máscaras e permitir que a criança seja ouvida.
Ressignificar a história que carregamos é um processo de reconexão com o nosso eu mais autêntico. É deixar de sobreviver e começar a viver. E isso só é possível quando nos tornamos pais e mães de nós mesmos, cuidando das partes que um dia foram negligenciadas.
Se você deseja iniciar ou aprofundar o processo de cura da sua criança interior, conheça o método que desenvolvi para guiar pessoas com segurança nessa jornada. Acesse o link e comece agora a reconstruir a sua história com consciência e amor.
Acesse o link