Acolher a própria dor é um dos maiores atos de coragem que podemos realizar. Muitas pessoas acreditam que, ao olhar para a dor, estão concordando com ela, como se reconhecê-la fosse validar ou perpetuar o sofrimento. Mas isso é um equívoco. Acolher a dor não é o mesmo que concordar com ela. É simplesmente reconhecer sua existência e aceitar que ela faz parte da nossa história, não como algo desejado, mas como algo real.
Quando negamos a dor ou tentamos escondê-la, apenas a prolongamos. Colocá-la “debaixo do tapete” pode parecer um alívio momentâneo, mas com o tempo, ela volta ainda mais forte, pedindo atenção. E se não olharmos para ela com verdade e humanidade, acabamos adoecendo — física, emocional e espiritualmente.
Abraçar a dor não é ser masoquista. Não significa dizer “que bom que isso aconteceu” ou “como é bom sofrer”. Significa apenas: “isso aconteceu comigo, me feriu, e eu estou pronto para lidar com isso”. É esse movimento interno que nos tira da negação e nos coloca em direção à cura.

Acolher a dor é permitir-se ver com verdade aquilo que ainda dói.
A confusão entre acolhimento e aceitação cega.
Muitas pessoas confundem o ato de acolher com o de concordar. Isso acontece porque, culturalmente, fomos ensinados a ser fortes, a engolir o choro, a não demonstrar fraqueza. Mostrar dor, para muitos, é sinônimo de fraqueza. E assim, vamos escondendo o que sentimos, fingindo que está tudo bem, mesmo quando tudo dentro de nós está em pedaços.
Acolher a dor é um ato de consciência. É o momento em que paramos de negar o que aconteceu e aceitamos que sim, fomos feridos. Sim, algo nos machucou profundamente. Essa consciência não é um fim, mas um começo. O começo da cura, o início da jornada de reconexão com nossa criança interior, aquela parte de nós que ficou presa no tempo, congelada em uma dor não resolvida.
Negar a dor nos impede de buscar ajuda. Impede que possamos dar nomes ao que sentimos. E sem nomear a dor, não conseguimos curá-la. Ficar preso à negação é como tentar limpar uma ferida sem tirar o curativo: ela infecciona.

Negar a dor da criança interior é impedir sua cura.
A cura começa quando olhamos a dor com amor e verdade.
A verdadeira cura emocional começa com o acolhimento. Quando acolhemos a dor, estamos dizendo a nós mesmos: “Eu me importo comigo. Eu reconheço minha história. Eu quero me curar”. Isso é um gesto de amor e humanidade. É como abraçar uma criança machucada e dizer: “Eu vejo você, e estou aqui com você”.
Essa prática nos tira do ciclo da fuga e nos coloca no caminho da transformação. Ao olhar para a dor, abrimos espaço para compreender o que ela nos revela sobre quem somos, o que sentimos e o que precisamos. Passamos a ouvir a criança interior que, durante anos, gritou em silêncio por atenção e cuidado.
Acolher a dor é, também, reconhecer nossos limites e buscar os recursos necessários: terapia, espiritualidade, apoio emocional. Ninguém cura feridas emocionais sozinho. Precisamos de vínculos seguros, de escuta verdadeira e de presença amorosa.

O abraço simbólico da criança interior é o início da cura.
Conclusão:
Acolher a dor não é um ato de fraqueza, mas de sabedoria. É o ponto de partida para uma vida emocional mais livre, madura e conectada com o amor. Quando deixamos de lutar contra a realidade e passamos a reconhecer o que sentimos, abrimos portas para a verdadeira cura interior.
A nossa criança interior não precisa que neguemos suas dores, mas que as validemos com amor. Ao fazer isso, permitimos que ela se sinta vista, ouvida e acolhida. E é aí que o amor de Deus pode entrar com mais força, trazendo paz, restauração e sentido.
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